Após 471 dias de terror, três jovens israelenses são libertadas; vídeo emocionante

Após 471 dias de terror, três jovens israelenses são libertadas; vídeo emocionante

Brasileira em Tel Aviv fala sobre horrores praticados por terroristas contra mulheres

Mundo – Nesse domingo (19), três jovens israelenses — Romi Gonen, de 24 anos, Doron Steinbrecher, de 31 anos e Emily Damari, de 28 anos — foram libertadas após 471 dias como reféns nas mãos do grupo terrorista Hamas. A libertação ocorreu em meio ao cessar-fogo em Gaza, que marcou o início da implementação de um acordo entre Israel e o Hamas.

As jovens estavam entre os israelenses capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou uma ofensiva que deixou marcas profundas no país. Após sua libertação, elas foram levadas a um hospital nos arredores de Tel Aviv, onde receberam atendimento médico.

(Fotos: Reprodução)

Segundo a equipe médica, o estado de saúde das vítimas é estável, mas elas permanecerão internadas para exames mais aprofundados.

Vídeo emocionante

Um vídeo amplamente compartilhado mostra o momento em que uma das jovens reencontra seus pais. Apesar da alegria do encontro, as imagens, que mostram a jovem mancando, geraram comoção e questionamentos sobre o sofrimento que ela e as outras reféns enfrentaram durante o cativeiro.

Márcia, uma brasileira residente em Tel Aviv, descreveu, em entrevista ao Globo News, os horrores enfrentados pelas mulheres reféns. “Essas meninas, de 22, 23, 25 anos, foram estupradas dia após dia, enquanto o mundo ficou em silêncio. É inaceitável o que elas passaram”, afirmou.

Jovens foram trocadas por 90 palestinos

A libertação das três jovens é parte da primeira fase de um acordo mediado por Egito e Qatar. Em troca, Israel libertou 90 prisioneiros palestinos — incluindo mulheres e adolescentes —, que foram descritos pela Autoridade Prisional de Israel como “terroristas”. Ao todo, o acordo prevê a liberação de 1.890 prisioneiros palestinos por Israel.

O governo egípcio, que desempenhou papel-chave nas negociações, ressaltou a importância do cessar-fogo para viabilizar a troca de reféns. No entanto, a libertação de palestinos acusados de terrorismo tem gerado debates acalorados dentro de Israel, especialmente entre familiares de vítimas de ataques.

Uma troca desigual?

Márcia destacou o sacrifício feito pela sociedade israelense. “Hoje, estamos soltando terroristas com sangue nas mãos, que cortaram cabeças de crianças, em prol de salvar vidas. Três meninas por mil terroristas. Isso mostra o quanto a vida é sagrada para Israel”, disse, emocionada.

A decisão de trocar reféns por prisioneiros levanta questões sobre os limites éticos e estratégicos dessa prática, mas reflete o valor que Israel atribui a cada vida humana.

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